Os vinhos “tranquilos” (+10% em valor e +22% em volume) foram o principal gerador deste crescimento, dada a quebra verificada nos licorosos (-3,3% em valor e -3,4% em volume), essencialmente devido à redução do volume de exportação de Vinho do Porto e Vinho Madeira. Apesar desta redução, não houve oscilações negativas do preço médio, dado que no Porto a variação foi de -0,5% e no Madeira chegou mesmo a crescer 12,3%, segundo o comunicado do IVV.
Os principais mercados repetem-se em 2011, com Angola, França, Alemanha, Reino Unido, EUA e Brasil todos a aumentar o volume importado de Portugal. De forma mais acentuada, França cresce 32,2% e Angola 27,9%; Alemanha 16,4% e Brasil 14,1%. Com um aumento mais suave temos o Reino Unido (+4,7%) e os EUA (+2,1%). Também o mercado da China continua com interessantes níveis de crescimento, tendo importado mais 123% do que em 2010.
No valor das exportações, apenas Reino Unido e EUA tiveram diminuições, com -2,6% e -4,1% respetivamente, tendo os restantes evoluído positivamente com Angola a liderar o crescimento com +30,6%, seguindo-se Brasil (+18,7%), França (+6,8%) e Alemanha (+5,5%).
À margem da “Essência do Vinho”, no Porto, o secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Daniel Campelo, defendeu a promoção dos vinhos portugueses de “forma mais eficaz”, com vista a uma maior exportação. “Portugal tem muitos vinhos, muitos de alta qualidade. Muitas vezes não temos é oportunidade de os promover e de arranjar forma eficaz na sua promoção. É isso que falta a muitos produtos portugueses, nomeadamente ao vinho”, sublinhou.