As exportações de citrinos provenientes da África do Sul e com destino à União Europeia estão a colocar em risco os mercados comunitários produtores de citrinos, com o envio de produção afetada pela mancha negra (phyllosticta citricarpa), que neste momento já é quase duas vezes superior à autorizada pela UE.
O alerta é da Associação Valenciana de Agricultores (AVA-ASAJA), que relembra que no ano passado, perante as pressões do setor dos citrinos espanhol, a Comissão Europeia identificou mais de cinco casos de mancha negra nos envios de citrinos sul-africanos e anunciou que iria adotar medidas “contundentes”, para responder ao problema.
Ainda assim, no final do passado mês de agosto, já se haviam registado nos portos europeus mais nove deteções de carregamentos de citrinos contaminados com mancha negra. A associação defende agora que, “contrariando as suas próprias ordens, a Comissão Europeia tem permanecido de braços cruzados e num estado de completa passividade perante o que está a acontecer e sem adotar nenhuma dessas ‘medidas contundentes’ às quais se comprometeu.”
A associação espanhola “exige às autoridades comunitárias uma mudança radical” que se traduza no “encerramento imediato faz fronteiras europeias aos citrinos provenientes da África do Sul” e pede que um compromisso de que as fronteiras só voltem a abrir-se quando o país tenha conseguido encontrar forma de travar a mancha negra.