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FAO alerta para os problemas de segurança alimentar do Iraque

FAO alerta para os problemas de segurança alimentar do Iraque

A FAO alertou recentemente que o Iraque enfrenta “graves” problemas de segurança alimentar devido à escalada do conflito militar em grande parte do país. Desde o início do ano, mais de 1 milhão de pessoas já se viram obrigadas a abandonar as suas casas e explorações agrícolas, na altura em que tinha começado a temporada principal de colheita de trigo e cevada.

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, revela que no total, 2 milhões de irquianos estão deslocados dentro do seu país, incluindo aqueles afetados pelos conflitos na Síria e eventos anteriores no Iraque. Como resultado, a previsão para as colheitas em 2014 no Iraque, que era favorável, está agora em risco, segundo o alerta do Sistema Mundial de Informação e Alerta (GIEWS) da FAO.

Antes da crise, as chuvas abundantes levaram a uma previsão de uma colheita de trigo acima da média, até 3 milhões de toneladas para este ano, ou seja, 16% acima da média dos últimos cinco anos. Também era esperado que a produção de cevada se mantivesse estável nas 900 000 toneladas, também 15% acima da média dos últimos cinco anos.

 

No entanto, os problemas de insegurança civil e de acesso existentes, a escassez da mão-de-obra e as interrupções nos transportes e na comercialização, vão ter um impacto significativo nas colheitas e na produção e oferta do país.

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Assim, as necessidades de importação de cereais em 2014-2015 no Iraque deverão aumentar e na temporada comercial de 2013-2014, que está agora a terminar, estima-se que os níveis de importação de cereais atinjam as 4,26 milhões de toneladas, incluindo 2,7 milhões de toneladas de trigo e 1,3 milhões de toneladas de arroz.

 

“Se o conflito continuar, os produtos alimentares básicos e outros bens essenciais estarão cada vez menos disponíveis para os mais vulneráveis, apesar dos subsídios do governo”, advertiu o Representante da FAO no Iraque, Fadel El Zubi. “O conflito e os consequentes deslocamentos também coincidiram com a época de mais calor do verão e com o mês sagrado do Ramadão, quando os gastos domésticos em alimentos e outros bens essenciais são habitualmente mais elevados.”