A Fenareg emitiu esta semana um comunicado onde alerta para a falta de água, que acredita que irá condicionar a campanha de rega de 2016. De acordo com a associação, pelo segundo ano consecutivo a precipitação foi inferior ao normal, com sete bacias hidrográficas a registarem valores armazenados “inferiores à média dos últimos 25 anos”.
Como refere a Fenareg, “os casos mais dramáticos ocorrem no Alentejo, na bacia do Sado, onde o armazenamento não ultrapassa os 30%. Nas albufeiras de Odivelas e do Roxo a situação é particularmente grave, registando-se um volume útil de apenas 8 e 23%, respetivamente.”
Quer isto dizer que cerca de 40 000 hectares de culturas regadas poderão não ter água para esta campanha de rega. Segundo a associação, “as áreas de produção de arroz de Alcácer do Sal estão em causa” e a sua redução pode ter “consequências drásticas a nível nacional.”
A Fenareg defende que “a ligação ao sistema de Alqueva, onde existe disponibilidade, é a solução para garantir água para esta campanha de rega, mas será necessário encontrar um ponto de equilíbrio que viabilize este recurso.”
Com o início da campanha de rega à porta, a Fenareg pede agora uma audiência ao ministro da Agricultura, Capoulas Santos, para que sejam definidas medidas excecionais para resolver a situação. O ministro da agricultura ainda não se pronunciou.
