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Fim das quotas leiteiras pode sercatastrófico

Preços do leite em França colocam produtores e distribuição em guerra

O Parlamento Europeu colocou ontem um ponto final ao prolongamento do regime de quotas leiteiras até 2020. Jorge Rita, presidente da Federação Agrícola dos Açores, considera que a decisão “não pode ser considerada uma surpresa”, mas reconhece que existia a esperança que houvesse “bom senso dos políticos europeus em prolongar o regime de quotas”. 

Na opinião do representante do setor leiteiro dos Açores, o final das quotas vai prejudicar todo o setor na Europa. “Na Região podemos ser dos mais penalizados, devido à nossa estrutura produtiva e ultra-periferia. Se a abolição das quotas tiver um impacto muito negativo na Região devemos accionar todos os mecanismos de ajuda, previstos no POSEI”, alertou.

Jorge Rita lembrou que foi criada uma alínea, recentemente, no quadro do Poseima, que deve ser aproveitada para atenuar eventuais danos sobre a economia açoriana. “Os Açores, sendo uma região onde a fileira do leite tem um peso económico e social muito elevado, têm de estar muito atentos ao que se possa fazer via Poseima, porque é por aqui que nós temos de lutar coletivamente”, sublinhou.

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O eurodeputado Capoulas Santos, um dos relatores da reforma da PAC, disse que essa proposta estava fora dos compromissos e não passou. “Foi uma proposta que nenhum grupo político aceitou, que apresentei em nome individual, com outros 39 deputados, mas não passou”, disse.

Também a eurodeputada Maria do Céu Patrão Neves apresentou uma emenda ao texto da Comissão Europeia sobre a revisão da PAC onde defendia o adiamento da abolição do regime de quotas de 2015 para 2020. Patrão Neves pedia que entretanto fossem criadas “medidas alternativas” para “minimizar os impactos” a nível local, regional e nacional para os produtores de leite.