O investimento principal passa por um programa de reflorestação que envolve 4,5 milhões de novas árvores, pelo crescimento da área de arroz em mais 200 hectares (dos atuais 500 para 700 ha) e pela aposta nos hortícolas para exportação, numa área de 1000 hectares.
A ideia é restaurar o potencial produtivo da área de pinheiro, manso e bravo, que neste momento ocupa cerca de 8.000 hectares. A empresa informou que pretende apostar “no controlo de pragas e doenças” e avançar com “projetos específicos para a produção de pinhão, especialização de subprodutos florestais, direitos de carbono, tratamento paisagístico e biodiversidade, produção de cogumelos silvestres e gestão cinegética”.
A Herdade da Comporta já tem 150 hectares de hortícolas, mas quer expandir para os anunciados 1000 hectares, beneficiando da recuperação de terras improdutivas e abandonadas. Os hortoindustriais e culturas de valor acrescentado para exportação são o objetivo principal deste plano de expansão, que passa pela exploração direta, mas também por arrendamento de parcelas onde serão introduzidas novas culturas, caso da batata, cenoura, brócolo, batata-doce, saladas, amendoim, pimento, milho e multiplicação de sementes-tremoçilhas.
No arrozal, a Comporta pretende “modernizar infraestruturas”, como caminhos, canteiros, açude, furos, distribuição de água e drenagem, e investir em produção integrada e biológica. A estimativa é que a produção suba das atuais 7.000 toneladas para as 10.000 toneladas, um crescimento que não se deve só à melhoria das técnicas produtivas mas sobretudo ao aumento da área ocupada pela cultura.