A presidente da Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais, explicou que a difícil situação das explorações pecuárias tem gerado “prazos de recebimento cada vez mais dilatados” para a indústria, em média quatro a cinco meses, avança o portal da Anil.
Esta situação já levou a “alguns encerramentos na indústria em 2011”, havendo a “perspetiva” de virem a fechar ainda mais empresas este ano, o que leva a responsável a defender a criação de linhas de crédito à atividade pecuária, que “não dá sinais de retoma”. “As dificuldades de tesouraria e as restrições ao crédito são hoje o principal estrangulamento”.
Em Portugal há 108 empresas de fabrico de alimentos para animais, que operam com 116 unidades fabris e que, além dos problemas internos já citados, também enfrentam problemas ao nível europeu e mundial. A “volatilidade excessiva dos preços das matérias-primas, a reforma da PAC pós-2013 e a relação produção/indústria/grande distribuição, ou seja, entre os fornecedores e a grande distribuição organizada”, são as grandes preocupações de Cristina de Sousa.
“As matérias-primas são essenciais no fabrico dos alimentos compostos e estes são o principal custo das produções pecuárias como as carnes, leite e ovos”. Deve, então, haver “regulação”, pois “a indústria precisa de previsibilidade e estabilidade na sua estratégia de aprovisionamento”.