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Índice de preços dos alimentos da FAO desce para o nível mais baixo em quatro anos

Preço dos alimentos a baixar

O índice de preços dos alimentos da FAO registou uma nova quebra em agosto, atingindo o valor mais baixo desde setembro de 2010. De acordo com a organização, o índice registou uma média de 196,6 pontos, uma queda de 3,6% face a julho.

Os lacticínios lideraram as quedas, com o índice da FAO para estes produtos a atingir uma média de 200,8 pontos em agosto, uma queda de 11,2% em comparação com julho e 18,9% em comparação com o ano anterior.

“A proibição por parte da Rússia no início do mês às importações de lacticínios de vários países contribuiu para a diminuição dos preços, enquanto a redução das importações de leite em pó integral por parte da China (o maior importador do mundo) também contribuiu para a incerteza nos mercados”, refere a FAO em comunicado.

 

Também os preços para os cereais básicos continuaram a decrescer em agosto, atingindo o seu valor mais baixo desde julho de 2010. No entanto, o arroz contrariou a tendência geral nos cereais, com uma subida dos preços em agosto, refletindo o aumento da procura de importações e um clima desfavorável que afetou algumas colheitas na Ásia.

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“A oferta de arroz parece ser ampla em todo o mundo, mas a produção está muito concentrada num pequeno número de países, e muitas vezes em propriedades dos governos. Isto significa que estes países podem influenciar muito os preços mundiais, e decidir se permitem que a oferta chegue ou não ao mercado”, refere a economista da FAO, Concepción Calpe.

 

O índice dos óleos vegetais atingiu 166,6 pontos em agosto, 8% abaixo do mês anterior, o índice de preços do açúcar alcançou em média 244,3 pontos, uma queda de 5,7% em relação a julho, e o índice da carne alcançou uma média de 207,3 pontos, ou seja, 1,2% acima do valor registado em julho.