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Industriais do leite criticam estudo sobre o preço do leite

BEL aumenta preço do leite pago aos produtores

A Associação Nacional dos Industriais de Laticínios e a Federação Nacional das Cooperativas de Produtores de Leite criticaram um estudo sobre os preços do leite ao longo da cadeia de abastecimento feito pelo Ministério da Agricultura.

De acordo com o Público, o Grupo de Planeamento e Políticas do Ministério da Agricultura, divulgou um relatório que concluía que o preço das rações, um dos principais custos de produção do leite, aumentou 6,6% entre 2005 e 2011. O estudo sublinhava que “esta evolução revela a incapacidade de refletir as grandes subidas dos custos inerentes à atividade agrícola nos anos mais recentes, traduzindo-se numa diminuição das margens ligadas à produção”.

Intitulado “Índices de Preços na Cadeia de Abastecimento Alimentar para o setor do Leite” foi elaborado no quadro de atividades da PARCA (Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia Alimentar) que tem como objetivo promover a transparência ao longo da cadeia alimentar.

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Mas as organizações do setor do leite discordam das conclusões e da metodologia usada, acusando o estudo de colocar a indústria de leite numa posição mais favorável que a real. “Este documento apresenta falhas metodológicas graves que condicionam todo o estudo e que dão origem a constatações distorcidas e muito distantes da efetiva repartição do valor ao longo da cadeia”, dizem a ANIL e a Fenalac.

“Em verdade o conceito de preços à saída de fábrica não existe e, pelo menos no setor de laticínios, os preços comunicados são bastante superiores aos preços líquidos efetivamente recebidos pelas empresas, o que distorce completamente a análise efetuada”, acrescenta o comunicado destas entidades.