O novo Laboratório Colaborativo InnovPlantProtect (InPP), com sede nas instalações do INIAV, em Elvas, permitirá aos agricultores recorrerem a compostos não tóxicos de base biológica, mais sustentáveis dos pontos de vista ambiental, económico e social.
De acordo com o InPP, estes compostos são mais eficientes e mais atempados no controlo de pragas e doenças que atacam sobretudo culturas mediterrânicas. O laboratório pretende, assim, aumentar a sustentabilidade do sistema de produção de alimentos.
O laboratório explica que “existem pragas e doenças que podem destruir 40% a 60% da produção agrícola mundial” e que “os produtos químicos de síntese como os pesticidas e inseticidas, usados para as controlar, estão a ser retirados do mercado por imposições legislativas”.
Assim, o InPP, constituído por cinco departamentos com atividades distintas, desenvolve compostos não tóxicos de base biológica (biopesticidas) para controlar pragas e doenças para as quais não existem soluções no mercado e que afetam sobretudo as culturas permanentes e anuais estabelecidas em Portugal e noutros países com clima mediterrânico, como o arroz, o milho, o trigo, o tomate, a vinha, o olival e a pera.

Além disso, utilizará a tecnologia da edição do genoma para desenvolver variedades de plantas resistentes ao ataque de doenças.
Nesta fase de instalação, o InPP está a desenvolver soluções para o controlo de doenças com características distintas como a Xyllela fastidiosa, uma bactéria que se instala nos vasos condutores das plantas lenhosas, atacando sobretudo o lenho das árvores de fruto; a ferrugem amarela, que ataca o trigo e outros cereais; a piriculariose que ataca o arroz; e a estenfiliose que ataca a pera rocha.
No futuro, o laboratório pretende abordar a Drosófila suzukii, que afeta vários frutos; a Diabrótica, uma lagarta que ataca as raízes do milho; a traça da Guatemala, cujas larvas constroem galerias nos tubérculos da batata; e o percevejo marmoreado ou percevejo asiático, uma praga instalada nos EUA e que na Europa.