O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IMPA) revelou que o panorama da seca em Portugal melhorou durante o mês de junho, a nível global.
Se em maio apenas 0,1% do território se encontrava em situação normal, o número é de agora 14,6%. Relativamente à seca severa e extrema, esta diminuiu dos 35,2% para os 25,6%. Apesar das melhorias registadas, principalmente nas regiões do vale do Tejo e do Alentejo, na região do Algarve aumentou a área em seca extrema. Além disso, 85% do território continua em seca meteorológica.
Distribuição percentual por classes do índice PDSI no território é a seguinte:
- 14,6% na classe normal;
- 42,3% em seca fraca;
- 17,5% em seca moderada;
- 21,8% em seca severa;
- 3,8% em seca extrema.
O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, adiantou que Portugal tem 77% de capacidade de armazenamento nas albufeiras nacionais, mais 13 pontos percentuais do que no mesmo período do ano passado.
“Face às albufeiras que são observadas pela Associação Portuguesa do Ambiente [APA], Portugal tem hoje 77% de capacidade de armazenamento (…) que compara o ano passado na mesma altura com (…) 64%. Compara também com 46% da capacidade de armazenamento de Espanha”, salientou Duarte Cordeiro.
Apesar disso o responsável notou que “se temos na maioria das albufeiras uma capacidade acima da média do período de 1990 até 2022, não acontece nas albufeiras do Sado, do Guadiana, do Mira e das ribeiras do Algarve e do Arado”. Desse modo, “estamos em observação de zonas críticas, nomeadamente a bacia do Mira e a região do Algarve, em particular a zona do Barlavento”, explicou.