Estão a nascer no Brasil pequenas comunidades que pretendem melhorar vida dos agricultores e, ao mesmo tempo, levar alimentos saudáveis até aos consumidores, unindo pessoas dispostas a financiar os produtores locais. As Comunidades que Sustentam a Agricultura (CSA), diz a Globo Rural, querem trazer maiores rendimentos para os produtores, valorização aos produtos locais e apostar em técnicas que preservem e respeitem o meio ambiente.
De acordo com a publicação brasileira, neste modelo, que coloca os consumidores a financiar os produtores agrícolas, os consumidores não são consumidores, mas sim ‘co-agricultores’. Isso mesmo: membros ativos no processo produtivo que ajudam a financiar tudo o que o agricultor necessita para as suas culturas. Depois de calculado o valor necessário para que uma produção seja sustentável, a ‘despesa’ é dividida pela comunidade, que no final pode consumir o produto final.
Não existe ainda nenhuma entidade de certificação ou controlo no Brasil, mas de acordo com a Globo Rural, estas pequenas comunidades começam a surgir um pouco por todo o país. Claudia Vivacqua, uma das pioneiras do conceito no país, explica à publicação que “as CSA são uma iniciativa da sociedade civil, não existe um organismo jurídico. Porém, algumas CSA criam os seus próprios contratos. Mas não são contratos com valor jurídico, são contratos na base da confiança.”