Chama-se Pinking e é uma nova categoria de vinho que resulta de um trabalho de investigação de mestrado em Enologia desenvolvido na UTAD. Por detrás da ideia está Jenny Silva, enóloga da Adega Cooperativa de Figueira de Castelo Rodrigo, que para além de já ter pedido patente para esta nova categoria de vinho prepara-se para o colocar no mercado.
“O que se pensou inicialmente ser um ‘defeito’ de produção, afinal deu origem a uma ‘nova categoria de vinho única no mundo’”, refere a enóloga. Como estudante de mestrado de Enologia na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), Jenny Silva identificou o fenómeno Pinking em conjunto com Fernando Nunes e Fernanda Cosme, docentes e investigadores do Centro de Química da UTAD.
O Pinking é conhecido pelo processo de aparecimento de uma cor rosa-salmão em vinhos produzidos exclusivamente de uvas de castas brancas e é um processo natural que está relacionado com as condições climatéricas que dá agora nome a esta nova categoria de vinhos. O processo de Pinking está descrito e foi publicado pela revista científica Journal of Agricultural and Food Chemistry.
A criação desta nova categoria de vinho é apresentada esta semana com o vinho Castelo Rodrigo Pinking 2016, um DOC exclusivamente vinificado a partir da casta branca Síria, a casta de eleição na Região Demarcada da Beira Interior. “As vantagens da criação deste novo vinho são muitas, sobretudo para a Adega”, afirma o seu diretor, António Madeira.
“No fundo transformámos um defeito numa nova categoria de vinhos, que irá para o mercado a par dos Brancos, Tintos e Rosés”, explica a enóloga.