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Agroquímicos

Licença de utilização do glifosato renovada por mais sete anos

agricultura

Com 374 votos a favor, 225 contra e 102 abstenções, o Parlamento Europeu aprovou na passada semana a renovação da licença de utilização do glifosato em agricultura no espaço da União Europeia por mais sete anos. A proposta que estava em cima da mesa pretendia uma extensão da licença de utilização por mais 15 anos e vê-se agora reduzida ao uso agrícola profissional, uma vez que os eurodeputados querem que o agroquímico seja banido dos parques e jardins públicos.

Os eurodeputados querem que seja feita uma revisão independente à segurança deste herbicida e que sejam publicadas todas as provas científicas que a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (AESA) utilizou para a avaliação do glifosato.

Tendo em conta que a licença do glifosato expira em junho do presente ano, o próximo passo será a votação, em maio, do Comité Cientifico, que aprovará ou rejeitará a proposta da Comissão, por maioria qualificada. Se tal não acontecer, caberá à Comissão Europeia decidir a renovação da autorização de utilização do glifosato.

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António Lopes Dias, diretor-executivo da Anipla, defendeu recentemente que “o glifosato representa uma ferramenta fulcral para a produtividade e competitividade da agricultura portuguesa. No entanto, temos que ter em conta que o processo não está terminado. Na decisão final esperamos que os Estados-Membros e a Comissão Europeia tenham em consideração a mensagem de aprovação da renovação do glifosato, do Parlamento Europeu, legítimo representante dos cidadãos da União Europeia.”

A Organização Mundial de Saúde considerou que o glifosato é composto por substâncias “provavelmente cancerígenas para o ser humano”, contudo, a Agência Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) tem vindo a defender que “o alegado potencial carcinogénico não está ligado ao glifosato, mas a um coformulante (taloamina) em certos produtos fitofarmacêuticos que evidenciou um potencial genotóxico.”