Fazer a ponte entre as entidades da ciência e tecnologia e as empresas foi o mote de uma mesa redonda que juntou alguns representantes de associações, centros tecnológicos e polos e clusters.
Luís Bulhão Martins, vice-presidente da CAP, referiu que a relação entre os centros de investigação e os produtores nunca foi fácil, uma vez que “normalmente se investigavam matérias sem interesse prático”. Este dirigente alertou ainda para a necessidade de ser mais criterioso naquilo que se investiga atualmente, uma vez que os fundos comunitários vão ser mais curtos nos próximos anos e terá de existir uma “triagem mais fina”.
Carlos Lopes de Sousa, presidente do Cluster Agroindustrial do Ribatejo, insistiu na necessidade de “criar um local de diálogo muito técnico, que permita a passagem de conhecimento”. O responsável afirmou que existe muita duplicação e sobreposição de projetos e “temos de ser mais eficientes para que situações destas não aconteçam”. E adiantou ainda que a inovação tem de estar ao serviço das empresas e são elas que têm de comandar a inovação”.
João Soares, da Fileira Florestal Portuguesa, apontou os desequilíbrios na produção florestal, em especial na gestão da propriedade, e indicou que a fiscalidade pode ser uma das saídas para a resolução do problema.
Já Isabel Braga da Cruz, da Portugal Foods, revelou que uma das suas atividades da sua organização é comprar informação (científica e inovadora) e gerar relatórios para a indústria, uma forma de transferir conhecimento e inovação.