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Ligar a inovação ao mercado

Ligar a inovação ao mercado

A agricultura precisa de instrumentos de inovação e é necessário criar espaços de aproximação entre a inteligência e o trabalho. A ideia foi debatida no seminário ‘Investigação, transferência de tecnologia e inovação no setor agrícola e agro alimentar’, uma iniciativa da Rede Inovar, que reuniu mais de duas centenas de produtores e técnicos na Fundação Champalimaud, na passada sexta-feira, em Lisboa. 

Fazer a ponte entre as entidades da ciência e tecnologia e as empresas foi o mote de uma mesa redonda que juntou alguns representantes de associações, centros tecnológicos e polos e clusters.

Luís Bulhão Martins, vice-presidente da CAP, referiu que a relação entre os centros de investigação e os produtores nunca foi fácil, uma vez que “normalmente se investigavam matérias sem interesse prático”. Este dirigente alertou ainda para a necessidade de ser mais criterioso naquilo que se investiga atualmente, uma vez que os fundos comunitários vão ser mais curtos nos próximos anos e terá de existir uma “triagem mais fina”.

 

Carlos Lopes de Sousa, presidente do Cluster Agroindustrial do Ribatejo, insistiu na necessidade de “criar um local de diálogo muito técnico, que permita a passagem de conhecimento”. O responsável afirmou que existe muita duplicação e sobreposição de projetos e “temos de ser mais eficientes para que situações destas não aconteçam”. E adiantou ainda que a inovação tem de estar ao serviço das empresas e são elas que têm de comandar a inovação”.

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João Soares, da Fileira Florestal Portuguesa, apontou os desequilíbrios na produção florestal, em especial na gestão da propriedade, e indicou que a fiscalidade pode ser uma das saídas para a resolução do problema.

 

Já Isabel Braga da Cruz, da Portugal Foods, revelou que uma das suas atividades da sua organização é comprar informação (científica e inovadora) e gerar relatórios para a indústria, uma forma de transferir conhecimento e inovação.