A Lusosem e a Egocultum estabeleceram uma parceria para comercialização, distribuição e desenvolvimento da nova variedade portuguesa de grão-de-bico “Casal Vouga”.
“Esta cultivar, registada no Catálogo Nacional de Variedades em 2020 pela Egocultum, está perfeitamente adaptada às nossas condições edafoclimáticas, é uma excelente opção para uso em rotações de culturas e uma alternativa ecológica para a fixação do azoto atmosférico”, lê-se em comunicado enviado às redações.
Através deste acordo, as duas empresas pretendem “dinamizar e valorizar” culturas e diferentes opções culturais no mercado Português, além de “promoverem e dinamizarem a investigação e melhoramento de origem nacional”.
A parceria entre as duas empresas será importante, também, para o “desenvolvimento e introdução no mercado nacional de outras espécies e variedades, ao longo dos próximos anos”, referem.
A Lusosem passa a deter a representação exclusiva em Portugal desta nova variedade grão-de-bico, assegurando a “disponibilidade de semente certificada do grão-de-bico ‘Casal Vouga’ para a campanha atual, bem como o necessário apoio técnico à cultura, tanto ao nível da distribuição como junto do agricultor”.
Segundo o mesmo comunicado, a produção nacional de grão-de-bico “mais que triplicou entre 2014 (531 ton) e 2018 (2 000 ton) e a área dedicada à cultura aumentou de 920 hectares para 2 594 hectares no mesmo período. O consumo per capita é estimado de 2,6 kg/habitante/ano.”
Portugal é deficitário na produção desta leguminosa, com um grau de auto-aprovisionamento de apenas 7,4%. Em 2019 as importações nacionais de grão ascenderam a 41 572 toneladas, no valor de 25,8 milhões de euros, enquanto as exportações nacionais totalizaram 2.191 toneladas, no valor de 2 milhões de euros, segundo dados do GPP.