Está já em curso a plantação, nas freguesias de Alcoentre e de Manique do Intendente, no concelho de Azambuja, daquele que será o maior olival da Península Ibérica. De acordo com o meio regional Valor Local, a exploração está a desenvolver-se em terrenos da cadeia de Alcoentre e da Torrebela, a cargo da empresa de Córdoba, Campo Nuevo Técnicas Agrícolas, SLU.
Oscar Orihuela, representante da empresa e responsável da Torrebela, revelou à publicação que “numa fase inicial, a empresa, uma das líderes do setor no país vizinho, pensou no Alentejo, onde já possui olivais mais pequenos, mas depressa mudou de ideias ao verificar a qualidade dos solos bem como a existência de muita água nestas terras”.
Dentro de dois anos, altura em que o olival com cerca de 700 hectares poderá ser apelidado de “o maior da Península Ibérica”, a produção de azeitona estará pronta a ser colhida e será canalizada para outros países. A produção já emprega cinco pessoas, mas quando atingir o seu pico deverão ser cerca de 200 pessoas a trabalhar, 10 meses por ano.
O objetivo é que daqui a quatro anos a extensão de olival tenha já 2200 hectares, o suficiente para exportar para países como “Espanha, Brasil e Itália.” Por outro lado, parte da produção ficará por terras lusas e servirá para produzir 5 mil toneladas de azeite diretamente nos terrenos, onde existem lagares antigos.
Ainda de acordo com o meio regional, a plantação é de azeitona da variedade espanhola Arbequina e apanha será totalmente mecanizada, a rega será feita pelo sistema gota a gota e com recurso a “duas lagoas existentes na propriedade, com interligação através de tubagens e que abastecem as bombas de rega existentes.”