Tratam-se sobretudo de explorações com plantações de vinha, olival ou culturas arvenses, como trigo e cevada, precisou.
A Sociedade Agrícola do Monte Novo e Figueirinha, com 170 hectares de olival e 40 hectares de vinha, e a Sociedade Agrícola Fontediago, com 280 hectares de olival e 22 hectares de trigo duro, foram duas das explorações atingidas. O temporal afetou “entre 75 a 80% da produção” da vinha e do olival, disse à Lusa o gestor da Sociedade Agrícola do Monte Novo e Figueirinha, Filipe Cameirinha. A sociedade estima um prejuízo “na ordem de meio milhão de euros”, disse o gestor, referindo que, devido aos efeitos do temporal de domingo, “este ano vão entrar muito menos uvas e azeitonas” na adega e no lagar da sociedade, o que irá reduzir a produção de vinho e de azeite.
“Era bom que o Governo tomasse providências para ajudar os agricultores afetados” neste caso, defendeu Filipe Cameirinha, referindo que a sociedade tem seguro, mas ainda não sabe se vai “conseguir receber algo da companhia de seguros”.
No caso da Sociedade Agrícola Fontediago, o granizo afetou 240 dos 280 hectares de um olival jovem, que “este ano ia dar azeitona pela primeira vez”, e os 22 hectares de trigo duro, plantações que não têm seguro, disse à agência um dos sócios da exploração, Luís Mira Coroa. Dos 240 hectares de olival, 140 hectares foram afetados “a 100%” e os restantes 100 hectares “entre 40 a 50%”, precisou, explicando que o granizo “partiu ramos jovens” das oliveiras e “derrubou azeitonas, que ainda não estão bem formadas, para o chão”.