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Mediterrâneo aumentou o seu défice ecológico

Mediterrâneo aumentou o seu défice ecológico

A Global Footprint Network, a UNESCO e a Plan Bleu, publicaram um relatório onde se analisam as tendências da pegada ecológica do Mediterrâneo

A região do Mediterrâneo acumula um défice ecológico há mais de 50 anos, com a sua pegada ecológica constantemente a exceder a sua biocapacidade. Os constrangimentos ecológicos da região têm obrigado a que o crescimento económico tenha dependido cada vez mais da importação de biocapacidade, em comunicado pela WWF.

Neste relatório destaca-se que Portugal apresenta uma tendência contrária aos demais países da região. A WWG frisa que Portugal é o único país do Mediterrâneo que diminuiu o seu défice ecológico nos últimos anos (uma queda de 18% entre 1998 e 2008). Ainda assim, o défice per capita do país (2,8 hectares globais – gha) continua a ser superior à média regional (1,9 gha).

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O relatório, mostra que apesar desta diminuição, a pegada ecológica derivada do consumo é de 4,1 gha. A Os principais componentes da pegada ecológica de Portugal são a pegada de carbono, seguindo-se as pescas e a produção agrícola. As atividades comerciais significam 34% da pegada ecológica de Portugal. Isto indica um grau elevado de dependência de recursos e serviços ecológicos provenientes do exterior do país. Vários destes parceiros, dos quais Portugal depende para importações, estão também em processos de desenvolvimento, o que vai no futuro causar elevados constrangimentos.

Paolo Lambardi, diretor da WWF Mediterrâneo, afirma que “é vital que a nossa sociedade reconheça que investir já no combate às questões ambientais e na salvaguarda do capital natural do Mediterrâneo semeará sementes para economias sustentáveis no futuro. Economias sustentáveis, segurança e cultura de diálogo não serão conseguidas sem um ambiente saudável”.