De acordo com o colunista, o atraso na colheita de milho norte-americana gera dúvidas sobre o desenvolvimento das lavouras e a qualidade da produção dos Estados Unidos da América, o que tem pressionado os preços, que continuam a aumentar.
“Por outro lado, o maior volume de exportações internacionais que se tem verificado a partir da América Latina e das colheitas brasileiras será em volume recorde, o que deve pressionar as cotações para baixo”, acrescentou Maguire.
O especialista acredita que os países com volume exportável devem estreitar relações com a China, que é atualmente “o player mais astuto do mercado mundial”. As importações da China devem ultrapassar os 7 milhões de toneladas, apesar da produção interna de 212 milhões de toneladas de milho.
A China é também um dos países onde existe maior procura de arroz. “A China é o maior produtor, consumidor e importador de arroz, com uma procura interna anual de 147 milhões de toneladas, o que vem a ser um problema para o setor, devido à alta concentração. As compras da China crescem, não por problemas na colheita interna, mas por uma mudança de hábitos que tende a consolidar-se: a de que muitos chineses estão a deixar de comer outros alimentos mais caros, para comer arroz que é mais barato.”, sublinhou Gavin Maguire.