Em causa está o anúncio das autoridades brasileiras que iriam “averiguar a necessidade de aplicação de medidas de salvaguarda sobre as importações brasileiras”. Há “indícios suficientes de que as importações brasileiras de vinho aumentaram em condições tais que causaram prejuízo grave à indústria doméstica”, alegam. (ver notícia aqui)
O ministério da Agricultura diz estar “a acompanhar com atenção a discussão levantada sobre o setor do vinho no Brasil e a sua influência nas importações de países terceiros (fora do Mercosul) ”, avança o jornal i.
A tutela informou ainda que “em conjunto com o ministério dos Negócios Estrangeiros, está a trabalhar para conseguir que os vinhos portugueses mantenham o seu lugar histórico” no mercado do Brasil.
O vice-presidente da ViniPortugal e também produtor Luís Pato olha para a situação com “grande preocupação”, uma vez que “o Brasil é um dos mercados-alvo e, mais do que isso, estratégico”, sublinhou.
“O Brasil quer aumentar os impostos sobre o vinho importado de 27 para 55% e a Europa não reage. O facto de eles impedirem que o vinho da Europa entre no Brasil não vai proteger os produtores brasileiros, porque os argentinos e os uruguaios não ficam limitados e produzem muito mais barato e melhor do que os brasileiros”, justificou.