O antigo ministro da agricultura, Álvaro Barreto, morreu esta segunda-feira (10 de fevereiro), aos 84 anos, depois de ter estado internado durante vários meses num hospital de Lisboa.
Ligado ao PSD, integrou sete governos diferentes, tendo entre 1984 e 1990 ocupado o cargo de ministro da Agricultura e das Pescas, nos dois primeiros governos liderados por Aníbal Cavaco Silva.
A CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal emitiu um comunicado no qual lamenta o falecimento de Álvaro Barreto, destacando a sua importância em várias medidas implementadas ao longo do seu percurso, que coincidiu com a adesão de Portugal à CEE.
“Os portugueses devem-lhe a negociação e a introdução no nosso país da Política Agrícola Comum, que representou um salto qualitativo importante para a modernização, qualificação e competitividade do nosso setor agrícola. Outro marco que importa destacar na hora do seu desaparecimento é a memória que lhe é merecida por ter sido um destacado protagonista na reversão da Lei da Reforma Agrária, permitindo a recuperação de muitas propriedades ocupadas no período mais negro da revolução, repondo normalidade e paz social e laboral na Agricultura Nacional. Sendo impossível destacar todo o percurso de tantos anos dedicados à gestão ministerial da pasta da Agricultura, importa, contudo, salientar o papel de relevo na dinamização do projeto de investimento de Alqueva, ao qual deu o seu aval no início dos anos 80, quando tutelava a pasta da Indústria e Energia. Nesta ocasião, cumpre à CAP dirigir sentidos pêsames aos seus familiares, manifestando um profundo reconhecimento ao Homem e ao Político, pelo sentido de Estado, de Missão e de Dever que demonstrou ao longo da sua intensa e duradoura carreira”, afirma Eduardo Oliveira e Sousa, presidente da CAP.