O investigador Miguel Mota faleceu na passada quinta-feira (24 de março), aos 94 anos. Era considerado por muitos como o ‘pai’ da genética portuguesa dado o seu trabalho pioneiro desenvolvido na década de 50 na área da divisão celular e uma referência nacional e internacional nesta área.
Miguel Eugénio Galvão de Melo e Mota era professor, agrónomo, cientista, Doutor Honoris Causa pela Universidade de Évora (2006) e um dos pioneiros da Genética e da Biologia Celular em Portugal, tendo-se licenciado em Agronomia pelo Instituto Superior de Agronomia. Deixa um enorme legado na área do melhoramento de plantas, em especial nos cereais.
Publicou dezenas de artigos ao longo das últimas décadas na revista VIDA RURAL, onde sempre se mostrou crítico em relação ao desinvestimento na investigação agrária e na produção agrícola, de que era acérrimo defensor.
O cientista trabalhou em várias instituições de investigação em diversos países, como o Reino Unido e os EUA, e escreveu mais de 1000 artigos científicos.