Estima-se que 76% da produção alimentar na UE depende da polinização das abelhas. Os eurodeputados alertam para o “impacto negativo profundo” que o contínuo aumento da taxa de mortalidade das abelhas na Europa poderá ter na agricultura, na produção e segurança alimentares, na biodiversidade, na sustentabilidade ambiental e nos ecossistemas.
O relatório do Parlamento Europeu salienta, também, a necessidade de oferecer incentivos à indústria farmacêutica para o desenvolvimento de novos medicamentos destinados a combater as doenças das abelhas.
Sistemas nacionais de vigilância
O PE insta à criação de sistemas nacionais de vigilância, em estreita colaboração com as associações de apicultores, e ao desenvolvimento de normas harmonizadas a nível da UE que permitam estabelecer comparações. Os eurodeputados defendem o apoio aos laboratórios de diagnóstico e aos ensaios de campo à escala nacional. Aquela instituição pede ainda à Comissão que fomente ativamente a partilha de informações entre Estados-Membros, laboratórios, apicultores, agricultores, indústria e cientistas sobre estudos ecotoxicológicos relativos aos fatores que afetam a saúde das abelhas.
Programas de formação para os agricultores
Um dos fatores que afeta a saúde das abelhas é a presença de agentes tóxicos no ambiente, em especial a utilização indevida ou excessiva de determinados pesticidas.
O PE solicita o apoio a programas de formação para os apicultores sobre a prevenção e o controlo de doenças e para os agricultores e silvicultores sobre uma utilização dos produtos fitofarmacêuticos que seja benéfica para as abelhas e sobre o impacto dos pesticidas e práticas agronómicas não químicas.
Estima-se que 84% das espécies vegetais e 76% da produção alimentar na Europa dependem da polinização das abelhas, cujo valor económico é muito superior ao valor do mel produzido, ascendendo aos 15 mil milhões de euros anuais na UE.