O presidente da CIMBAL, Jorge Pulido Valente, disse que o conselho executivo da comunidade decidiu promover a “reunião com várias entidades do Baixo Alentejo com interesse ou ligação ao projeto Alqueva”. Ainda sem data marcada, esta reunião pretende “tomar uma posição pública conjunta sobre as indefinições, os atrasos. Os adiamentos e os novos dados preocupantes relativos ao projeto”, acrescentou Jorge Valente.
O presidente da Câmara de Beja lembrou que a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) “atravessa dificuldades financeiras e não está a preparar o lançamento de novos concursos para as obras das fases seguintes do projeto”, avança o site da CONFAGRI.
O autarca lamenta alguns “dados preocupantes” acerca da “intenção de desviar fundos comunitários destinados ao Alqueva para a região do Baixo Vouga Lagunar”. Esta situação reflete “uma intenção clara do Governo de desinvestir no Alqueva”, afirmou.

Jorge Pulido Valente explicou que a reunião surge também porque a CIMBAL “ainda não obteve qualquer resposta” da ministra da Agricultura ao convite que lhe fez “há mais de um mês” para se deslocar à região de forma a “esclarecer a situação e prestar informações sobre as perspetivas do Governo relativamente a Alqueva”.
No passado mês de setembro, a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, prometeu um “grande empenho” na conclusão do Alqueva até 2015, mas salientou que o andamento da obra dependia das “condições de financiamento do Estado português”.