Em 2016, as Nações Unidas estarão focadas em colocar-nos a comer mais leguminosas. A organização quer passar a mensagem de que o feijão, o grão, as ervilhas e as lentilhas podem ser uma alternativa saudável às proteínas e uma alternativa para a indústria alimentar.
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) estabeleceu o ano de 2016 como o Ano Internacional das Leguminosas e pretende consciencializar todos os consumidores para os benefícios nutricionais das leguminosas como parte da produção sustentável de alimentos.
O objetivo é unir toda a cadeia alimentar para que utilize melhor estas proteínas de origem vegetal, aumentando a sua produção a nível mundial e procurando promover o seu consumo, nomeadamente criando produtos inovadores.
“As leguminosas são muito boas para nós, têm muita proteína, muita fibra, baixo teor de gordura, são ricas em micronutrientes [nomeadamente potássio e ferro], ajudam a controlar doenças cardiovasculares, diabetes, cancro e obesidade. Por isso há lugar para um aumento do consumo no mundo”, refere Joyce Boye, especialista em ciências alimentares e investigadora no Centre of Agriculture and Agri-Food Canada citada pelo jornal Público.
De acordo com a FAO, o consumo de leguminosas “tem sofrido um lento, mas persistente, declínio, tanto nos países desenvolvidos como nos países em vias de desenvolvimento”. O consumo de lacticínios e de proteína animal, por outro lado, continua a crescer.
Em Portugal, explica o Público, apesar de muitos pratos tradicionais incluírem leguminosas, como é o caso da feijoada, não se comem leguminosas em quantidade suficiente. “Dados de 2013 indicam que cada português come em média três quilos de feijão por ano e pouco menos de um quilo de grão”, refere a publicação. Idealmente, as leguminosas deveriam representar 4% do total de alimentos ingeridos, representando apenas 0,6%. Já no que diz respeito à produção, fica-se em de 24 mil toneladas por ano, o que corresponde a 0,04% do total mundial.
Veja o vídeo da FAO sobre a iniciativa