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Nestlé Portugal quer menos dependência de cereais importados

O director-geral da Nestlé Portugal, António Reffóios, declarou que o país deve corrigir “rapidamente” a dependência externa em cereais, uma vez que importamos 85% dos cereais que os portugueses consomem.

“A nossa dependência deveria ser corrigida rapidamente. Devemos trabalhar no sentido de não estarmos tão dependentes de matérias-primas que são importantíssimas para a alimentação das pessoas”, sublinhou António Reffóios à Agência Lusa.

O director-geral da Nestlé Portugal, António Reffóios, declarou que o país deve corrigir “rapidamente” a dependência externa em cereais, uma vez que importamos 85% dos cereais que os portugueses consomem.

“A nossa dependência deveria ser corrigida rapidamente. Devemos trabalhar no sentido de não estarmos tão dependentes de matérias-primas que são importantíssimas para a alimentação das pessoas”, sublinhou António Reffóios à Agência Lusa acrescentando que é sobretudo a insuficiência produtiva que torna Portugal dependente da importação de cereais.

“Em Portugal estamos muito dependentes, não somos de todo auto-suficientes em termos de cereais, exceptuando o arroz onde temos uma ordem de suficiência de cerca de 70%”.

Reffóios admitiu ainda a inevitabilidade do aumento dos preços junto do consumidor, uma vez que a Nestlé depende de quatro matérias-primas básicas: leite, cereais, café e cacau: “Basta ir ver os aumentos dos últimos doze meses. Seria impossível pensar que não existiriam aumentos nos preços de venda”, frisou.

Este responsável defende ainda que o aumento dos preços das matérias-primas tem no lado da procura a principal causa: “O desequilíbrio provocado por um aumento exponencial da procura não teve uma resposta da oferta, até porque durante os últimos anos desafectaram-se para a agricultura e depois para os biocombustíveis, uma série de terrenos agrícolas que eram para a alimentação”, remata.

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