“Esta antecipação do pagamento será feita sem qualquer desconto financeiro para os produtores”, garantiu Pedro Leandro, diretor comercial do Pingo Doce, em conferência de imprensa.
A medida vai ter um impacto de 50 a 80 milhões de euros na tesouraria da Jerónimo Martins e será extraordinária e com caráter temporal, com uma duração de 12 meses.
Pedro Leandro explicou ainda que o objetivo é ajudar a produção nacional “neste momento difícil” e evitar falências dos seus fornecedores.
Esta iniciativa partiu da CAP, que está a pressionar a grande distribuição a antecipar o pagamento aos fornecedores, devido ao estrangulamento das empresas motivado pelo aumento dos custos de produção, dificuldades de acesso ao crédito e pela seca que assola o país.
“É necessário facilitar a vida à produção agrícola nacional e estamos esperançados que esta iniciativa seja seguida por outras empresas da distribuição”, referiu João Machado, presidente da CAP.
Estes 402 fornecedores foram selecionados pelo retalhista pela sua pequena e média dimensão e representam 50% dos produtores nacionais de frescos que abastecem esta insígnia.