Cerca de uma tonelada e meia de pinhas de pinheiro-manso foi apreendida na passada sexta-feira, em Benavente, no distrito de Santarém, no âmbito da Operação Campo Seguro e após uma denúncia, uma vez que a colheita é proibida até ao dia 1 de dezembro.
Os militares da GNR realizaram “diversas diligências policiais que permitiram recuperar as pinhas da espécie Pinus pinea L. [pinheiro-manso] que estavam num apartamento desabitado”, avança a agência Lusa.
Além de “cerca de uma tonelada e meia de pinhas de pinheiro-manso”, esta força de segurança apreendeu material utilizado na apanha, que foi entregue ao Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
A ação foi desenvolvida pelo Comando Territorial de Santarém da GNR, através do Posto Territorial de Benavente, com o reforço do Destacamento de Intervenção de Santarém.
Em comunicado, a GNR reforçou que “a colheita de pinhas de pinheiro-manso é proibida entre 1 de abril e 1 de dezembro e, ainda que esteja caída no chão, a sua apanha está interditada por se encontrar em época de defeso”. Esta restrição permite salvaguardar o crescimento e desenvolvimento da pinha e do pinhão, evitando a colheita da semente com deficiente faculdade germinativa e mal amadurecida.
O pinheiro-manso é uma espécie florestal com um crescente interesse económico, em que “a importância do comércio externo de pinha e de pinhão tem contribuído para a promoção de importantes dinâmicas económicas à escala regional, uma vez que o pinhão produzido em Portugal é de todos o mais valorizado pelas suas características nutricionais”, indicou esta força de segurança à agência Lusa.
Em 2019, até 28 de novembro, mais de 4.000 quilogramas (kg) de pinhas de pinheiro-manso foram apreendidos, quase quatro vezes mais do que a quantidade confiscada em 2018, avançou a GNR.