“As florestas portuguesas sofrem ano após ano um nível de incêndios superior a qualquer outro país do Sul da Europa, com intoleráveis perdas humanas e gravíssimos custos sociais, ambientais e económico”, refere o comunicado que critica o decreto aprovado no ano passado pelo Conselho de Ministros.
Para os subscritores, a lei “põe em causa a viabilidade de longo prazo de parte significativa do território nacional, optando por incentivar a plantação de espécies de crescimento rápido e, simultaneamente, aumentar a dificuldade da aposta na florestação com espécies autóctones no país, o que incentivará por lei a reconfiguração radical da composição da floresta”.

De acordo com a Plataforma pela Floresta, “apenas uma floresta diversa, ordenada e devidamente planificada de acordo com a aptidão ecológica do território pode ter resiliência ambiental e económica para um futuro que apenas os incautos e temerários poderão não considerar cheio de incertezas”.
Entre os subscritores da Plataforma pela Floresta encontram-se figuras do meio académico como Viriato Soromenho Marques, Helena Freitas, Filipe Duarte Santos, Luísa Schmidt ou Boaventura de Sousa Santos e o ex-presidente do Instituto para a Conservação da Natureza e Biodiversidade, Tito Rosa.