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Agricultura

Porco alentejano volta a poder ser exportado para Espanha

porco alentejano

A exportação de suínos alentejanos para Espanha foi restabelecida por decreto. A notícia surge depois de em janeiro deste ano o Governo espanhol ter decidido tornar inviável a exportação para o país de suínos da raça alentejana e respetivos cruzamentos nascidos a partir de 1 de junho de 2016.

Numa nota enviada às redações esta semana o Ministério da Agricultura explica que “desencadeou de imediato diligências junto da sua homóloga no Governo Espanhol, diligências essas que culminaram com a publicação do Real Decreto 255/2016 de 10 de junho, que restabelece a exportação de suínos Alentejanos para Espanha.”

Capoulas Santos, ministro da Agricultura, congratula-se pelo resultado das negociações com o Governo espanhol e refere que se trata de uma medida de grande impacto para os produtores nacionais, “tendo em conta que mais de 80% da produção de Porco Alentejano tem como destino o mercado de Espanha”. O Ministro sublinha que “para a economia regional seria muito grave se a implementação desta medida não tivesse sido travada a tempo”.

Portugal une-se a França, Alemanha e Polónia na defesa dos setores da carne de suíno e do leite

Já esta quarta-feira (15 de junho), o Ministério da Agricultura comunicou que Portugal está agora do lado de França, Alemanha e Polónia na defesa dos setores do leite e da carne de porco na União Europeia. Em causa está a apresentação de um conjunto de soluções para a crise vivida pelo setor.

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Os países querem apoio financeiro das entidades europeias para os produtores de leite e de suínos que decidam, de forma voluntária, não aumentar as suas produções, uma forma de reequilibrar o mercado europeu que sofreu um grande abalo com o embargo russo e com o fim das quotas leiteiras.

De acordo com o Ministério da Agricultura, “o documento defende também um aumento temporário das intervenções em leite em pó desnatado e em manteiga”, assim como uma proposta para aumentar o apoio financeiro ao setor por forma a melhorar a liquidez das empresas de exploração leiteira, e a exigência da entrada em vigor da decisão já tomada para a duplicação do limite das ajudas “de minimis”, de 15 mil para 30 mil euros por criador.

Destaque ainda para uma reivindicação que na passada semana voltou a estar na agenda mediática: Portugal e os restantes subscritores do documento desafiam a Comissão Europeia a combater as práticas comerciais desleais, estabelecendo uma “moldura legislativa” que assegure um distribuição justa do rendimento ao longo da cadeia de valor. No que diz respeito à carne de porco, estes países estão de acordo quanto à “necessidade de reativar os apoios à armazenagem privada no momento adequado.”

Os ministros signatários deste documento pretendem levá-lo a discussão na próxima reunião do Conselho de Agricultura, que se realiza no Luxemburgo, nos dias 27 e 28 de junho.