O líder do CDS-PP chamou àquela proposta “um erro colossal” e afirma que não “deixará” extinguir o ministério. Por seu lado, o socialista atualmente responsável pela pasta da agricultura acusou o PSD de “não ter propostas para o setor”, citou recentemente o jornal i.
Mas as críticas ao PSD vão mais longe. Para Paulo Portas “Portugal precisa de produzir mais, exportar mais e substituir importações” e uma das soluções para atingir estes desígnios passará por um reforço do setor agrícola. Adianta igualmente que é um “erro” aplicar aquela medida numa altura em que o Ministério da Agricultura enfrenta problemas na “baixa execução do Proder” ou nas “multas por causa dos controlos deficientes ou inexistentes no regime de pagamento único (quase 200 milhões de euros)”.
Apesar de sintonizados nos ataques ao PSD, a convergência entre os dois partidos parece ficar-se por aqui. Paulo Portas lembra que “já bastou o que bastou no Governo PS. [A agricultura] tem de ter peso político e o CDS não deixará extinguir o ministério”. António Serrano contraria, no entanto, esta posição. Em declarações feitas ontem à agência Lusa, procurou mostrar que a agricultura é um setor estratégico de combate, inclusive, ao desemprego: “Gostaria de ver mais gente que está no desemprego a aproveitar a oportunidade que o setor da agricultura cria, porque há de facto uma criação de postos de trabalho na área”, afirmou o governante.