Qual o conceito que está por detrás deste novo vinho da Quinta do Gradil?
O conceito de toda a criação da marca e da sua comunicação, desta nova marca da Quinta do Gradil, o Castelo do Sulco, baseou-se num conceito que transmitimos com o claim “Lisboa em Garrafa”. O conceito da marca é levar, “transportar” um pouco do espírito descontraído, e cheio de tradição, da cidade de Lisboa, numa garrafa, a todas as mesas do país e além-fronteiras. Os vinhos Castelo do Sulco têm a chancela, a qualidade e o prestígio Quinta do Gradil, são elaborados com as mesmas uvas e com a mesma paixão, mas pretendem ser mais descontraídos e mais “cool”, vinhos para todos e para todos os dias, acima de tudo um produto com boa relação qualidade-preço. Queremos que os vinhos Castelo do Sulco estejam presentes onde estão os turistas que visitam Lisboa pela primeira vez, nas tascas que vendem as melhores bifanas, nas esplanadas com as melhores vistas, e em todas as mesas de convívio entre amigos.
Qual a quota de mercado que esperam, dentro do portefólio dos vossos produtos?
O nosso enfoque principal serão sempre os vinhos Quinta do Gradil, a nossa gama principal. Mas tínhamos vindo a sentir necessidade, fruto do trabalho dos últimos anos, de alargar o nosso portfólio, no sentido de chegarmos a um público diferente, que procura vinhos de perfil mais descontraído e consensual. Daí termos aproveitado uma marca nossa já antiga, mas que estava a ser trabalhada com mais enfoque nos mercados externos, e colocámo-la sob a chancela Quinta do Gradil. Basicamente resolvemos “assumir” como nossa, uma marca que sempre o foi.
Contamos que estes novos produtos venham a ocupar cerca de 15% da quota de mercado, dentro do nosso portefólio, num curto prazo, e cerca de 30% a médio-longo prazo.
Vão apostar na internacionalização? Se sim, para que mercados? E quanto da produção deste vinho é para os mercados externos?
Como já tinha referido, esta é uma marca que trabalhamos há quase uma década nos mercados externos, nalguns dos quais com quantidades bastante significativas. São exemplos os EUA, Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Timor, China, Alemanha, Suíça, Luxemburgo e Polónia. Com alguns destes mercados já a trabalharem a velocidade cruzeiro, e que no seu total representam neste momento o destino de cerca de 80% da produção dos vinhos Castelo do Sulco.
Qual o valor de investimento no lançamento desta marca?
Para o (re)lançamento da marca Castelo do Sulco estão destinados cerca de 20% do budget de marketing da Quinta do Gradil. Apesar de querermos complementar a nossa gama de produtos, o nosso principal enfoque serão sempre os vinhos da gama principal Quinta do Gradil que serão sempre algo de maior investimento e consideramos que é um valor aceitável de forma a atingirmos os nossos objectivos para esta marca.
Vão apostar na Distribuição moderna? E de que forma? Quanto da produção se destina à esse canal e quanto será para o HoReCa?
Claro, a Distribuição é uma das nossas principais apostas para Castelo do Sulco, ao contrário do que delineamos para a gama Quinta do Gradil, onde o canal HoReCa é a nossa prioridade. Todos temos consciência que neste momento, o consumo de vinhos é feito na sua grande maioria “dentro de casa”, com uma enorme percentagem de vendas nas Grandes superfícies também muito pela conjuntura atual. E com Castelo do Sulco queremos estar nas mesas de toda a gente, nos jantares durante a semana e nos convívios de fim de semana. Para isso é fundamental estarmos presentes nas prateleiras das lojas da DM, de forma a permitir que o produto esteja mais acessível a todos. É nossa intenção alocar 70% das garrafas destinas ao mercado nacional ao canal off trade, e o restante no on trade.
Como tem corrido, em termos de vendas, os primeiros meses de 2014 para as marcas da Quinta do Gradil?
Felizmente têm superado as nossas expectativas. No acumulado a maio deste ano, comparativamente com o período homólogo do ano passado, duplicámos as nossas vendas. É muito satisfatório e compensador para nós ver que o trabalho de alguns anos dar os seus frutos, apesar de toda a conjetura económica que nos envolve. Acreditamos que estamos no bom caminho para o nosso objetivo de transformar a Quinta no Gradil num dos produtores de referência da região de Lisboa.