Jean-Louis Barjol, diretor executivo deste organismo, afirmou que o setor oleícola “vive uma situação distinta”, uma vez que o preço da azeitona baixou substancialmente nos dois últimos anos e a produção oleícola em certos países não é tão rentável como anteriormente.
“Os custos de produção são muitas vezes superiores ao preço de venda e, por conseguinte, esperamos que os olivicultores possam assistir o mais rapidamente possível a uma redução desses preços” afirmou aquele responsável, tendo acrescentado que a subida do preço das matérias-primas não deverá afetar o setor oleícola”.
O diretor executivo do COI apontou para os grandes desafios que se levantam à fileira do azeite tendo salientado, em primeiro lugar, os “preços demasiado baixos”, que “afetam fortemente a rentabilidade da produção do setor já que este desempenha um papel económico e social fundamental nos principais países produtores, em particular nos países do Mediterrâneo”.
O segundo desafio, no entender daquele responsável, é “garantir um aumento do consumo por meio de campanhas de promoção e informação” acerca dos produtos oleícolas.
“A melhoria das técnicas de cultivo, em particular a adoção de técnicas mais modernas e de sistemas de produção intensiva ou súper intensiva, e o arranque da produção em olivais de novos países produtores, como os EUA, Austrália, Peru, Chile, México e Uruguai, por exemplo, conduziu a um acréscimo de produtividade e produção”, observou.
Jean-Louis Barjol afirmou à Lusa ser “essencial” acompanhar estes aumentos com um reforço das campanhas de promoção, de forma a garantir um aumento do consumo e da rentabilidade do produto e “dar mais a conhecer as qualidade nutricionais e organoléticas deste produto”.