O Boletim Mensal da Agricultura e Pescas, elaborado pelo Instituto Nacional de Estatística, relativo ao mês de janeiro, aponta como grande destaque a produção de azeitona para azeite. As previsões agrícolas, em 31 de dezembro, apontam para uma produção que ultrapassa as 1,2 milhões de toneladas (+70%, face a 2020), “posicionando esta campanha como a mais produtiva dos últimos 80 anos”.
No relatório, o INE nota que “esta quantidade extraordinariamente elevada, colhida num período de tempo concentrado, originou uma disrupção na cadeia de transformação, essencialmente devido ao subdimensionamento da capacidade de gestão do bagaço produzido”.
Já nos cereais de inverno, as áreas semeadas deverão ser semelhantes às da campanha anterior, exceto no centeio (-5%), apesar das cotações internacionais destas commodities (nomeadamente do trigo) estarem a atingir valores superiores aos registados no pico da crise alimentar de 2007-2008. Para tal, contribuem “o baixo teor de humidade dos solos no período de sementeira e o aumento do preço dos fatores de produção”.
No gado, o peso limpo total abatido e aprovado para consumo em novembro de 2021 foi de 41 293 toneladas, o que correspondeu a um acréscimo de 3,7% (-5,1% em outubro), devido ao maior volume de abate registado nas principais espécies, nomeadamente bovinos (+5,9%), suínos (+3,0%), ovinos (+11,5%) e caprinos (+37,8%).
Quanto ao peso limpo total de aves e coelhos abatidos e aprovados para consumo, este foi de 28 777 toneladas, o que representou um decréscimo de 5,2% (-6,1% em outubro), devido ao menor volume de abate de galináceos (-8,8%) e coelhos (-4,6%).
Outros valores:
- Volume de frango diminuiu 13,3%;
- Produção de ovos de galinha para consumo aumentou 3,8%;
- Recolha de leite de vaca reduziu 1,4%;
- Volume total de produtos lácteos obtidos decresceu 5,1%;
As variações mais significativas no índice de preços de produtos agrícolas no produtor foram observadas nos ovinos e caprinos (+34,9%), ovos (+32,0%), azeite a granel (+20,2%), plantas e flores (+15,1%), suínos (-16,0%) e batata (-14,1%).
