Segundo aquele responsável, “a produção não deve jamais afetar a segurança alimentar”, avança o portal brasileiro Ecoagência.
O tema tem gerado polémica, o próprio relator para o Direito à Alimentação da ONU, Olivier de Schutter, já alertou, várias vezes, para “a perda de terras cultiváveis, por agricultores em países desenvolvidos, que ameaçam com uma situação de fome em comunidades inteiras”.
Cooperação
José Graziano da Silva disse que é preciso analisar a situação de cada país. E comentou um estudo feito na América Latina, em cooperação com a Comissão Económica para a região (Cepal), sobre o impacto na produção do etanol.
“Precisamos de ver, caso a caso, que países podem ou não produzir biocombustível sem que isso afete a segurança alimentar, porque a segurança alimentar deve ter sempre prioridade. No caso da América Latina, nós fizemos um estudo detalhado e chegamos à conclusão que somente quatro países da região podem expandir a produção de biocombustível sem colocar em risco a segurança alimentar. São eles: a Argentina, o Brasil, a Colômbia e o Paraguai, que também é um grande produtor de grãos”, comentou Graziano da Silva.