O presidente do instituto público, Luciano Vilhena Pereira, disse que o conselho interprofissional fixou em 85 mil o número de pipas a beneficiar este ano por entender que “face à conjuntura, é um valor ajustado às necessidades e ao futuro do Vinho do Porto”.
O responsável pelo IVDP adiantou que “não se concretizaram as expectativas de continuar a aumentar as vendas e o crescimento mundial entre os países compradores de vinho do Porto que se esperavam o ano passado” e, “muito pelo contrário, os mercados tradicionais, incluindo o nacional, retraíram-se”.
Vilhena Pereira espera que “a fixação desta quantidade de mosto disponível para a produção de Vinho do Porto permita que os preços na produção subam significativamente”.
Avidouro: “redução do ‘benefício’ é um roubo à lavoura duriense”
“A consumar-se este anúncio da redução do ‘benefício’ em 25 mil pipas, tratar-se-á de um autêntico roubo à lavoura duriense”, reage em comunicado a Associação dos Vitivinicultores Independentes do Douro (Avidouro).
Salientando que o ‘benefício’ – a quantidade de vinho do Douro que cada lavrador ou empresa pode transformar anualmente em Vinho Generoso/Porto – é a pedra angular da estrutura sócio económica da Região Demarcada do Douro e determina parte substancial dos rendimentos dos lavradores/ vitivinicultores durienses.
A associação afirma que “a Avidouro e os lavradores não aceitam esta redução do ‘benefício’ em 25 mil pipas e continuam a reclamar a sua ‘modulação’ ou seja, a redução do ‘benefício’ mas apenas às maiores empresas, por escalões, consoante as (grandes) áreas de vinha e as produtividades”.
Avidouro preparou já um “buzinão” para dia 27 de julho (09h30), na Régua, “para chamar a atenção do Governo e demais Órgãos de Soberania para a gravidade da situação, e reclamar um ‘plano de emergência’ para acudir à Região Demarcada do Douro”.