A produção de cereais de Outono/Inverno baixou em todas as espécies. O trigo mole foi onde está descida mais se sentiu com quebras de 40%, seguido de 35% no trigo duro, triticale e aveia, 25% na cevada e 10% no centeio.
Os dados são do Instituto Nacional de Estatística (INE) que observa que este fenómeno ocorre na área semeada e na produtividade obtida. O organismo revela que a campanha cerealífera caracterizou-se pela “retracção das áreas semeadas, germinações irregulares, diminuição da palha, mau desenvolvimento da espiga e deficiente enchimento do grão”. Como consequência, muitos produtores terão optado por “fenar e/ou pastorear as searas”.
Também o milho de regadio registou uma diminuição na área semeada, de cerca de 5%. O aumento médio dos custos de produção e o decréscimo da cotação do grão comercializado em Portugal estão, de acordo com o INE, na origem desta quebra.
Frutos mais produtivos
Já a produtividade dos pomares deverá caracterizar-se, este ano, por resultados satisfatórios. As condições climatéricas favoráveis potenciaram o aumento do calibre dos frutos e estima-se um acréscimo de 5% nos rendimentos unitários nas pereiras, macieiras e pessegueiros. Nos amendoais esses aumentos poderão chegar aos 10%.
O INE realça ainda que a batata de regadio deverá ter um acréscimo de produtividade de 5% em relação ao ano anterior, valores idênticos ao da produção de batata em regime de sequeiro. Mas, salienta a entidade, nesta cultura, “a difícil conservação em armazém fez baixar o preço dos tubérculos no mercado nacional, o que se traduz numa perda de rendimento para os agricultores”.