Fernando Sainz de la Maza, secretário executivo da Organização de Produtores de Leite, OPL Espanha, insiste na necessidade de que, em Espanha, “todo o leite se movimente sob contrato, sem intermediários nem primeiros compradores”. Já a vice-presidente da European Milk Board (EMB), Sieta Van Keimpema, considera que, a solução da “grave crise setorial” não passa “pela implantação dos contratos, pois esses contratos não evitam a volatilidade do mercado”. Declarações feitas durante a feira agrícola AGROPEC, que decorreu em Gijon, Espanha.
Segundo o relatório da EMB, “a margem de beneficio de cada um dos elos da cadeia distribui-se com 22% dos benefícios do setor, indústria láctea, a distribuição fica com 26%, enquanto o primeiro elo da cadeia, o produtor de leite, fica com 0% do total de benefícios”.
Van Keimpena, sobre o sistema de quotas leiteiras, referiu ainda que “dada a situação atual, parece provável que a Comissão Europeia se decida por manter o sistema durante mais tempo, com o objetivo de poder sair da forte crise”.