“No sentido inverso, aumentam os custos de produção”, queixa-se a Associação. Além do aumento do preço da palha por causa da seca, “sofremos um aumento brutal no custo da ração”, que em alguns casos foi de seis cêntimos por quilograma.
Esta situação, preços do leite a descer e custos de produção a subir, “empurra-nos para o abismo”.
A redução do valor pago pelo leite segue uma tendência europeia, mas configura uma “desilusão” para a APROLEP, que acusa a indústria nacional, privada e cooperativa, de “não ter acompanhado os preços quando subiram na Europa e agora não seja capaz de os segurar quando descem”.
“É uma desilusão ainda maior vermos o preço a cair desde que foi criada pelo Governo a PARCA, cujo único resultado visível foi um relatório a confirmar o que já sabíamos e denunciámos regularmente: ‘agricultores não conseguiram repercutir nos preços de venda o aumento dos custos de produção o que teve um impacto fortemente negativo sobre as margens da atividade, indiciando desequilíbrio negocial’”.
“Está oficialmente explicado quem pagou as ‘promoções’ e os ‘preços sempre baixos o ano inteiro’”, conclui a Associação, apontando o dedo à grande distribuição.