Os produtores de pera Rocha do Oeste estimam que a colheita deste ano atinja as 200 mil toneladas. A campanha deste ano, que arrancou esta segunda-feira (12 de agosto), “deverá andar em valores muito idênticos aos do ano passado“, disse à agência Lusa o presidente da Associação Nacional de Produtores de Pera Rocha (ANP), Domingos dos Santos.
De acordo com o presidente da ANP, durante a colheita poderá registar-se “alguma quebra em relação ao potencial de produção” da região já que, “nas zonas mais a sul, há produções afetadas com a estenfiliose da pereira [um fungo que causa manchas castanhas no fruto]”, por um lado, por “serem zonas mais húmidas” e, por outro, “pelo verão atípico”.
Apesar disso, a Associação Nacional de Produtores de Pera Rocha prevê que “as dinâmicas não fujam ao que foi a campanha anterior”, quer em termos de colheita quer de comercialização, com 60% da produção a ser escoada para mais de uma dezena de mercados estrangeiros.
Em relação ao Reino Unido, a ANP admite “alguma apreensão com um ‘Brexit’ sem controlo” que poderá obrigar a “aplicar a pauta aduaneira da Organização Mundial do Comércio, em que a fruta vai chegar lá mais cara”, e menos acessível às pessoas com “menos poder de compra”, explicou ainda Domingos dos Santos.
Em alternativa, a associação já começou a preparar novos mercados, entre os quais a China, onde a pera poderá ser comercializada em 2020. A pera Rocha do Oeste é um dos produtos agrícolas nacionais mais exportados, sendo o Brasil, o Reino Unido, a França, a Alemanha e Marrocos os cinco principais destinos das exportações.