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Agroindústria

Projeto que valoriza cascas dos frutos vence concurso da CAP

projeto “Casca Rija”

O projeto “Casca Rija”, desenvolvido por uma equipa de estudantes e docentes da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Coimbra (ESAC-IPC), venceu a 9ª edição do Concurso Universitário e Politécnico, promovido pela Confederação dos Agricultores de Portugal, dedicada à “Inovação nos Frutos Secos e Secados”. O objetivo é estimular a criatividade e a inovação dos estudantes do ensino superior sobre temas específicos do setor agrícola.

O projeto vencedor, da autoria dos estudantes Lara Campos, Pedro Soares e Tânia Silva, que frequentam o Mestrado em Biotecnologia, Agricultura Biológica e Engenharia Alimentar, respetivamente, com a orientação dos docentes Ivo Rodrigues e Marta Henriques, consiste na valorização das cascas e películas dos frutos secos (noz, castanha, amêndoa e avelã) geradas nos processos de descasque, de forma a serem produzidas e comercializadas como alternativa ao processo de envelhecimento de aguardente.

 

Isto só é possível porque “as cascas dos frutos secos são matérias-primas ricas em compostos bioativos de elevado valor acrescentado, como é o caso dos antioxidantes, corantes naturais e compostos aromáticos, passíveis de extração alcoólica”.

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Em comunicado, é referido que os produtos desenvolvidos têm como vantagens “o facto de permitirem produzir aguardentes envelhecidas personalizadas com diferentes tons, sabores e aromas únicos, consoante o blend utilizado, grau de queima das cascas e tempo de extração”.

 

Além disso, a “aceleração do processo de envelhecimento” permite que “a aguardente chegue ao mercado de forma mais rápida e a custo reduzido”, o que possibilita “a economia circular do setor de frutos secos, contribuindo para a conservação de espécies que integram a designação de zonas especiais (carvalho e castanheiro), bem como para acrescentar valor a um resíduo”, conclui.