“Sempre que a região é fustigada por um novo ciclo de seca, os produtores pecuários alentejanos ficam de imediato confrontados com a falta de alimentação para os animais e obrigados a investir em rações suplementares”, afirmou, citado pelo Correio Alentejo.
O governante salientou o facto de existir no Alentejo “um efetivo de cerca de 280 mil vacas aleitantes, destinadas à produção de carne. Partindo de um pressuposto que apenas 50% das cabeças de gado referidas necessitam do reforço de alimentação em metade do ano, há necessidade de garantir pouco mais de 200 mil toneladas de forragens”, argumenta o deputado, garantindo que, segundo lhe adiantaram os promotores da ideia, “para produzir esta massa vegetal verde” é necessária “uma área com cerca de 20 mil hectares e uma área para armazenamento com cerca de 100 mil metros cúbicos”.
O empreendimento de Alqueva cria condições para a produção de pastagens que, segundo os agricultores, depois de recolhidas, poderiam ser depositadas nos antigos silos da EPAC. O Alentejo reduziria desta forma a necessidade de importação de forragens, aquisição de farinhas e alimentos concentrados, produzidos a partir de cereais importados.