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Regulamentação afecta fitofarmacêuticos

A redução de substâncias activas no mercado europeu poderá afectar culturas em Portugal, afirma a ANIPLA – Associação Nacional da Indústria para a Protecção das Plantas.

A redução de substâncias activas no mercado europeu poderá afectar culturas em Portugal, afirma a ANIPLA – Associação Nacional da Indústria para a Protecção das Plantas.

Segundo a associação, com a entrada em vigor da directiva europeia 91/414/EC, que trouxe novos conceitos na avaliação de substâncias activas e respectivos produtos fitofarmacêuticos,  assiste-se a uma redução do número de substâncias activas disponíveis no mercado europeu. E a adopção destes critérios, que a ANIPLA afirma ignorarem as necessidades da agricultura, «colocará em causa a produção agrícola na Europa».

Esta nova regulamentação será responsável pela redução do número de substâncias activas disponíveis em cerca de 50%, com especial incidência nos insecticidas, os quais sofrerão uma redução de cerca de 80%. As culturas mais afectadas em Portugal, serão a batateira, a vinha, a pereira e a oliveira.

Na batateira ficam, segundo a ANIPLA, seis pragas sem soluções fitofarmacêuticas. Na vinha a regulamentação reduzirá as substâncias activas no combate à traça dos cachos e à cicadela em cerca de 80%. Na cultura da pereira a redução de 48% de soluções levará a um aumento significativo de resistências nas principais pragas desta cultura, com especial destaque para a mosca da fruta, que ficará apenas com uma substância activa para a combater.

Dados da ANIPLA revelam também que na cultura da oliveira a redução prevista de 61% do total de substâncias activas disponíveis levará, entre outras consequências, ao desaparecimento de soluções contra a gafa e a cercosporiose.

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