As energias renováveis entraram em força nas explorações agrícolas. Recorde as principais notícias de 2016 sobre esta matéria e confira quem já está a tirar partido da energia para ser mais eficiente.
A Vida Rural foi à procura de explorações que estão a utilizar centrais de biomassa para aquecimento de estufas. E concluímos que, apesar do investimento inicial ser mais elevado que as alternativas (como o gás ou o gasóleo) os produtores consideram que as vantagens em termos de poupança de combustível e, principalmente, de estabilidade e aumento da produção compensam a aposta.
Na energia solar, quem já não dispensa esta tecnologia é a Montiqueijo, empresa que produziu entre janeiro e setembro deste ano cerca de 274 toneladas de queijo fresco com recurso à energia solar proveniente da sua central fotovoltaica. Com cerca de 460 painéis solares instalados, esta agroindústria consegue atualmente uma autossuficiência média mensal de 19,8%, gerando 125 580 kWh de energia solar.
Quem está igualmente atento a estas questões é o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, que anunciou recentemente que o Governo está a analisar a possibilidade de utilizar resíduos florestais para produzir biocombustíveis em biorrefinarias de pequena escala. A notícia foi avançada no início do mês de dezembro durante um debate parlamentar sobre a reforma florestal em que o ministro referiu que o objetivo é utilizar os desperdícios das florestas para produzir energia, nomeadamente biodiesel.
De regresso ao solar, a Casa Cadaval anunciou a instalação de painéis solares fotovoltaicos que ocupam uma área de cerca de 6.120 m2. Este investimento dará uma capacidade de produção anual de 1.309,18Mwh e estima-se que se evitem emissões na ordem das 288 toneladas de CO2. A Casa Cadaval optou por um modelo de investimento externo, ou seja, recebe uma renda pelo sistema de painéis solares fotovoltaicos instalado no seu espaço e, no final do contrato, o sistema passa a ser sua propriedade, sem custos adicionais.
Nos biocombustíveis, as notícias chegam da UTAD. A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro encontrou uma forma de desenvolver biocombustível sólido através do aproveitamento de subprodutos da exploração agropecuária. O projeto pretende aproveitar subprodutos da exploração agropecuária, como o engaço e bagaço de uva, podas da vinha e de olival e dejetos de animais, que depois de transformados em estilha, em peletes e em briquetes estão aptos a servir de biocombustível sólido.
E fechamos com o solar, para dar conta que a Herdade Grande, um dos maiores produtores de vinho do Baixo Alentejo, instalou um sistema fotovoltaico para autoconsumo. O objetivo é apoiar a produção de vinho e conseguir uma poupança energética de cerca de 20%.