Apesar de, no passado mês de março, Portugal ter saído de seca extrema, a situação de seca continuou a afetar o país. Agora, de acordo com o balanço intercalar feito pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), divulgado pelo jornal i, a 15 de abril a situação de seca manteve-se, tendo agravado a percentagem de território em seca moderada e severa (18%).
As situações mais problemáticas registam-se no Alentejo, nos distritos de Setúbal e Beja, em Setúbal e, a Norte, no distrito de Bragança. De acordo com a avaliação do IPMA, comparando com situações de seca anteriores, este continua a ser o terceiro ano hidrológico mais seco de que há registos e a terceira seca mais severa que o país enfrenta, ultrapassada apenas pelas secas de 2004/2005 e 2011/2012.
“Numa antevisão da situação de seca meteorológica e de acordo com as previsões meteorológicas será provável a continuação da seca meteorológica no final de abril em grande parte do território, no entanto com provável diminuição da sua intensidade”, lê-se na avaliação do IPMA. Até 15 de abril, choveu apenas 38% do normal para este mês do ano e será preciso chover mais do que o normal tanto em abril como em maio para o país sair da situação de seca.
Mais recentemente, tendo em conta o panorama, o diretor da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAP Algarve), Pedro Valadas Monteiro, soou os alarmes para a região algarvia. “Podemos vir a enfrentar uma situação complicada, porque nos meses de verão é quando as principais atividades económicas do Algarve, a agricultura e o turismo, também têm os seus maiores consumos”, citado pelo Sapo 24.
“Continuamos em seca e começa a aproximar-se o período crítico em termos de consumo de água que coincide, também, com o período em que já não vai cair precipitação”, notou, sublinhando que os agricultores estão a tentar poupar o máximo de água possível.