Mas como ainda há, pelo menos um ano de negociações, a responsável da Andaluzia para a Agricultura e Pescas, Clara Aguilera, anunciou que espera formar um grupo de lobby dos principais produtores de azeite da UE – Espanha, Itália, Grécia, Portugal e França -, para defender os interesses do setor.
A CE quer cortar os gastos com a Política Agrícola Comum (PAC) em termos reais em 9%, para 435 mil milhões de euros entre 2014 e 2020. Até ao final da década a PAC representaria 37,7% do orçamento da UE.
As reformas fundamentais são um limite de 300 mil euros nos subsídios que uma grande exploração pode receber e a alocação universal dos subsídios através de uma taxa fixa por hectare, em vez de ser de acordo com a história de produção – uma mudança que penalizaria mais França e Espanha. E, pela primeira vez, 30% dos pagamentos aos agricultores estarão vinculados a metas ambientais
Enquanto a França, com 17% das terras agrícolas da Europa, atualmente recebe quase um quarto das despesas totais da PAC, Jaén é a província que recebe mais, cerca de 465 milhões de euros por ano. De acordo com o Diario Jaén, “recebe mais dinheiro porque os agricultores trabalham no setor do azeite, que tem direitos historicamente arraigados, e porque é na Andaluzia, que é considerada uma das regiões chave para o abastecimento alimentar da Europa e, portanto, recebe um maior nível de apoio do que outras áreas”.
O grupo de lobby agrícola ASAJA disse que, em geral, as mudanças da PAC irão reduzir para metade os subsídios recebidos pelo setor do azeite de Jaén e “deixá-lo em coma”.
Por seu lado, a associação catalã, Unió de Pagesos, disse que apesar de concordar que havia injustiças no sistema atual, um sistema de taxa fixa seria injusto. Os subsídios devem ter em conta as diferenças no cultivo, se é de regadio ou sequeiro e intensivo ou tradicional.