A SPEA diz que se trata de um “rude golpe” para os cidadãos europeus que defendiam uma política de futuro que produzisse benefícios públicos para as pessoas e para o ambiente.
Esta organização acrescenta ainda que os “vencedores” desta reforma são os interesses ligados à agricultura intensiva, “e o resultado é uma política agrícola que vai continuar a poluir os solos, a consumir demasiada água, a prejudicar a biodiversidade e a provocar o abandono dos meios rurais, apesar de consumir 40% do orçamento da União Europeia.”
Um dos aspetos que mais expectativa criou nesta reforma da PAC foi a introdução de novos requisitos ambientais ligados a pagamentos diretos, o greening. Uma das medidas propostas do greening era a introdução de áreas de foco ambiental (EFA), medida que tinha potencial para garantir espaço para a natureza nos meios agrícolas da Europa.
A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves conclui o comunicado dizendo que os Estados-Membros “têm agora ainda alguma flexibilidade para implementar a “nova” regulamentação da PAC e é vital que o Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território não aplique todo o dinheiro nos regadios do Alqueva e na agricultura intensiva do litoral.”