Associações nacionais e espanholas do sector da suinicultura vão exigir, aos governos dos dois países, um plano conjunto de sanidade para o sector. Esta iniciativa foi tomada no “Iberporc`08”, o primeiro encontro de profissionais ibéricos do sector.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores (FPAS), Joaquim Dias, afirmou que «a questão da sanidade é a grande decisão deste encontro. Nós decidimos com Espanha que deve existir na Península Ibérica um plano de sanidade em conjunto».
Também no que diz respeito à entrada de carne na Península Ibérica, proveniente de outros países que não da União Europeia, o mesmo responsável exige, aos governos dos dois países, que «sejam cumpridas todas as regras que estão em vigor na Europa, como as do bem-estar animal, segurança alimentar e determinado tipo de controlo».
A recente entrada em Portugal de carne de porco irlandesa com toxinas foi desdramatizada pelo presidente da FPAS: «sempre houve dioxinas e sempre há-de haver dioxinas na carne. O que é importante, em termos do consumidor, é saber que há mecanismos que estão a funcionar e dão o alerta e que podem de imediato actuar, o que não acontecia antes».
Joaquim Dias, que considerou a primeira edição do “Iberporc`08” um momento «histórico», acredita que a união gerada entre Portugal e Espanha vai reforçar a posição do sector junto do poder político de Lisboa, Madrid e Bruxelas.