“Praticamente todos os produtores nacionais efetuaram investimentos de conversão das suas explorações, podendo afirmar-se que, contrariamente ao que seria expectável no início de 2012, dispomos atualmente, pelo menos, do mesmo efetivo de poedeiras que existia antes do processo de adaptação [cerca de 6,5 milhões], o que não deixa de ser relevante tendo em conta que continuamos a ser autossuficientes em termos de produção de ovos”, afirma Manuel Sobreiro, administrador da Companhia Avícola do Centro (CAC).
Mas nem todas as explorações conseguiram resistir. A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) estima “que o número de explorações encerradas seja inferior a 5%”, salientando que “existem produtores que encerraram temporariamente as suas explorações, mas mantêm a intenção de reiniciar a atividade”.
Os investimentos que os produtores nacionais de ovos tiveram de fazer, segundo estimativas da ANAPO, rondaram os 70 milhões de euros e, apenas uma minoria conseguiu pequenas percentagens de apoio no âmbito do ProDer.
Não há dados concretos sobre os apoios para esta conversão, mas a diretora-geral de Alimentação e Veterinária, Teresa Vila de Brito, diz-nos que “no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural foram apoiadas 230 explorações agrícolas com atividade avícola e suinícola, às quais foi atribuído um apoio superior a 65 milhões de euros”. A DGAV considera que “embora o impacto económico da conversão não seja desprezível, consideramos que o setor soube transformar este período numa oportunidade, modernizando as explorações e explorando mercados”.
Veja a reportagem completa na edição de julho/agosto da revista VIDA RURAL.